terça-feira, 19 de maio de 2009

Hoje é um dia triste!

Hoje o céu está em festa. Minha cachorrinha, Milla, resolveu nos deixar. Ela estava sofrendo e por conta disso tento entender a partida dela. Mas é difícil aceitar a saudade que ela deixou.
Esses dias estava refletindo sobre o quanto a morte é uma coisa estranha. De uma hora pra outra aquele ser some, desaparece... Como se evaporasse da face da terra. É difícil entender isso, apesar de ser a única certeza que temos.
Hoje, ao voltar pra casa após sair do veterinário, me deparei com o questionamento que todos passam quando perdem alguém especial: o que fazer com as coisas dela? Não sabia o que fazer com a casinha, a caminha, o vestidinho rosa, a coleira tão adorada... Como ela pulava quando via a coleira, já sabia que ia passear... Fiquei perdida! Tantos remédios, vitaminas... e o saco de ração ainda pela metade? As pastas de carne que ela adorava... Jogar tudo fora e fingir que nunca tivemos um cachorrinho ali? Como tudo é difícil!
Milla era uma verdadeira guerreira. Lutou pela vida diversas vezes... Mas não aguentou as crises convulsivas tão fortes. Minha bichinha resolveu descansar. Resolveu partir para perto de Papai do Céu.
Quando ela estava partindo, fiquei parada na sala do veterinário olhando o corpinho dela deitado na maca. Sem reação, sem respiração... Como minha pequena estava sofrendo...
O mais engraçado de tudo é que eu não queria mais saber de cachorro. Já bastavam todas as outras dores com Tiffany, Fluke, Rumbo, Korotte, Pink. Mas Milla... Milla já era da família. Fez parte da minha história no Rio, fez parte da história de amor de minha irmã e meu cunhado. Não podia simplesmente recusar a proposta de cuidar dela. Sabia que ela estava doente. Sabia que o trabalho seria dobrado, mas me dispus a isso. A estar com ela toda semana no veterinário fazendo exames e mais exames pra descobrir o que ela tinha realmente, a dar carinho, amor, atenção. Ela nem rosnava mais quando pegava na cabeça dela. Tantos exames em vão. Hoje lembrei que tinha que ir buscar os resultados dos exames que ela fez semana passada... pra quê? Ela não está mais aqui...
Quando as pessoas falavam de seus cachorros, eu não dava a menor bola, achava besteira, exagero gostar tanto de um animal... Mas só quem tem um animalzinho desses sabe o quanto nos apegamos, o carinho que sentimos e sabe a dor que sentimos quando os perdemos.
Hoje estou triste! Mas sei que minha filhinha já está fazendo festa no céu.
Saudade, Milloca! Te amei e continuarei te amando eternamente!