sexta-feira, 31 de julho de 2009

Sentimentos



"Somos inocentes em pensar, que sentimentos são coisas passíveis de serem controladas. Eles simplesmente vêm e vão, não batem na porta, não pedem licença. Invadem, machucam, alegram... São imprevisíveis e sua única regra é a inconstância total. É irônico que justamente por isso, eles são tão perfeitos."
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segunda-feira, 27 de julho de 2009

Algumas considerações sobre a Psicanálise...



Durante a sua vida, o ser humano passa por situações penosas que o levam a esquecer fatos de sua vida interior e exterior. O que é esquecido nem sempre é algo ruim, mas pode se referir também a algo bom que se perdera ou que fora intensamente desejado. Esses fatos esquecidos ficam armazenados no inconsciente que, segundo Freud, é um sistema do aparelho psíquico que movimenta o sujeito, mas este não consegue evocá-lo. Normalmente, esses fatos reprimidos são os responsáveis, em grande parte, pela conduta dos indivíduos (as dificuldades para viver, o mal-estar, o sofrimento).

O objetivo da Psicanálise é decifrar o inconsciente e integrar seus conteúdos na consciência, fazendo com que, a partir do conhecimento do que lhe incomoda, o ser humano possa enxergar o mundo e ele mesmo de uma forma melhor.

O papel do analista é acolher o desconforto inassimilável e ajudar o paciente a simbolizar o que, por si só, é brutal e hostil. Dar sentido à dor do outro é, nesse caso, abrir-se para um estado de ressonância até que o tempo e as palavras se gastem. Diante do paciente que sofre, não cabe ao psicanalista propor uma interpretação forçada, consolar o sofredor. E menos ainda estimular a pessoa a atravessar sua pena como uma experiência formadora, que fortaleceria seu caráter. Seu papel é suportar o sofrer do outro, como um intermediário que acolhe a dor inassimilável do paciente, e o ajuda a simbolizá-la. Para isso, é preciso afinar-se com esse sofrimento. É necessário que o psicanalista ajude a desmontar, pacientemente, as resistências inconscientes que impedem a passagem dos conteúdos inconscientes para a consciência. Só assim, o ser humano será capaz de descobrir a causa de seu sofrimento e reescrever a sua própria história, modificando comportamentos e atitudes que antes lhe incomodavam.