quarta-feira, 23 de abril de 2014

"E por falar em saudade, onde anda você?"


Sim, a maioria de vcs já sabe que perdi meu pai aos 9 anos em um acidente de carro. Assim, da noite pro dia, sem aviso prévio nem despedida. Simplesmente em um dia ele estava ali e no outro não estava mais... Já se passaram 20 anos. E eu continuo sentindo um enorme aperto no peito quando falo desse assunto. Luto não elaborado? Sim, pode ser. Não elaborei nem vou elaborar nunca. Na minha cabeça não da pra elaborar a perda de um pai maravilhoso enquanto tem tanta gente ruim nesse mundo que não faria a menor falta se morresse. Tá, esse pensamento é egoísta, mas é real, não serei hipócrita de dizer o contrário. Fato é que essa ultima semana a saudade tá demais. E eu não sei lidar com ela. Fico olhando pra minha filha a todo instante e pensando que ela nunca vai saber o que é ter o avô por perto. Ela nunca vai ouvir a voz dele, nem sentir seu cheiro, nem ficar feliz com os doces que ele comprava na padaria. A cada dia que passa me vejo esquecendo de algum detalhe dele... o som da voz, o ronco enquanto dormia, a risada... a dor aumenta por não conseguir guardar todas as lembranças. Queria muito te-lo aqui comigo ainda. Mas sei que de onde ele está, está cuidando de nós. O amor... esse nunca morre!!

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