quarta-feira, 23 de abril de 2014

Revoltada com o descaso da saúde

O feriado não foi como imaginei... começou com o marido doente e quando achei que não podia piorar minha pequena adoeceu também. Passamos um dia horrível no domingo... minha primeira experiência dolorosa como mãe. Que dor ver minha filhinha toda molinha... que dor ver a enfermeira furando ela 6 vezes pra pegar uma veia... que dor vê-la chorando, me olhando pedindo socorro e não poder intervir. Sei que muitos desafios ainda virão, mas a primeira experiência não dá pra esquecer. Graças a Deus hoje os dois estão bem. Mas de tudo que passamos minha raiva maior é do descaso com que os pacientes são tratados no único hospital infantil de referência da cidade. 
Chegamos no domingo por volta das 15:30 e o hospital estava relativamente cheio mas dentro da normalidade. Gika estava febril, com 37.7 de temperatura. Preferi levar logo no hospital pois ela estava bem e do nada começou com essa febre, preocupei e não quis medicar em casa (já que sabemos de todos os perigos da medicação sem prescrição e ela só tem 3 meses). Simplesmente enquanto esperávamos a febre dela chegou em 39º acompanhada de diarréia (pasmem, o hospital infantil não tem fraldário, tive que trocar minha pequena no balcão da recepção). Não adiantou avisar na recepção, pedir para intervirem com educação. 17hs acabei pedindo ao marido desesperada pra ir na farmácia comprar um antitérmico e mediquei ela na recepção do hospital. Continuei na espera embora a febre tenha cedido com o antitérmico. 19h a febre voltou. Esperamos até as 20:30 (isso mesmo, 5 horas esperando por atendimento, pior que SUS. Sim, ela tem plano!). Meu marido, muito calmo e tranquilo, se revoltou e armou um início de barraco. No mesmo instante chamaram ela pro atendimento. Revoltante né? Pois é, só que nessa história de febre alta e diarréia minha pequena desidratou e teve que tomar soro e fazer hemograma. O resultado do exame? Só no dia seguinte. Saímos do hospital 22:40h e ainda tive que voltar lá ontem para pegar o resultado nas mãos de uma médica que mal olhou pra minha cara, muito menos pra de Giovanna. Hoje levei o resultado pra pediatra dela, quadro de infecção por vírus, provavelmente passou do pai pra ela. Mas graças a Deus agora ela está medicada e bem, sem febre. Não consigo nem pensar no que poderia ter acontecido se eu não tivesse medicado ela na recepção. Nesse tempo de espera, vimos 2 familias perderem suas crianças. Ainda me questiono se o quadro era grave realmente ou se foi a demora do atendimento.
Espero não precisar dos serviços desse lugar tão cedo. Já sabia que a saúde no nosso país estava um caos, mas quando sentimos na pele parece que a revolta aumenta.
Enfim, esse foi o meu feriado.  Mas ainda assim, agradeço a Deus por ter livrado meus amores de algo pior.

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